Anfíbios - Cycloramphus catarinensis
Avaliação do Risco de Extinção de Cycloramphus catarinensis Heyer, 1983, no Brasil
Célio Fernando Baptista Haddad1, Iberê Farina Machado2, João Gabriel Ribeiro Giovanelli2, Yeda Soares de Lucena Bataus3, Vívian Mara Uhlig3, Flávia Regina de Queiroz Batista3, Carlos Alberto Gonçalves da Cruz5, Carlos Eduardo Conte4, Caroline Zank15, Christine Strüsmann6, Clarissa Coimbra Canedo18, Daniel Loebmann19,Débora Leite Silvano8, Fausto Nomura9, Hugo Bonfim de Arruda Pinto3, Ivan Borel Amaral3, João Luiz Rosetti Gasparini10, Luciana Barreto Nascimento17, Márcio Roberto Costa Martins11, Marcelo Felgueiras Napoli16, Marcelo Gordo13, Marinus Steven Hoogmoed20, Mirco Solé Kienle21, Natan Medeiros Maciel9, Paula Hanna Valdujo11, Paulo Christiano de Anchieta Garcia12, Ricardo Jannini Sawaya7, Rodrigo Lingnau22, Rogério Pereira Bastos9 e Ulisses Caramaschi5.
1 Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita - UNESP/Rio Claro 2 Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios - consultor-PNUD/RAN/ICMBio 3 Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios - RAN/ICMBio 4 Universidade Federal do Paraná - UFPR 5 Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro - MN/UFRJ 6 Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT 7 Universidae Federal de São Paulo - UNIFESP/Diadema 8 Universidade Católica de Brasília - UCB 9 Universidade Federal de Goiás - UFG 10 Universidade Federal do Espírito Santo - UFES 11 Universidade de São Paulo - USP 12 Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG 13 Universidade Federal do Amazonas - UFAM 14 Universidade de Brasília - UnB 15 Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS 16 Universidade Federal da Bahia - UFBA 17 Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUCMinas 18 Universidade Federal do Rio de Janeiro -UFRJ 19 Universidade Federal do Rio Grande - FURG 20 Museu Paraense Emilio Goeldi - MPEG 21 Universidade Estadual de Santa Cruz -UESC 22 Universidade Tecnológica Federal do Paraná -UTFPR |
Haddad, C. F. B., Machado, I. F., Giovanelli, J. G. R., Bataus, Y. S. L., Uhlig, V. M., Batista, F. R. Q., Cruz, C. A. G., o Conte, C. E., Zank, C., Strüsmann, C., Canedo, C. C., Loebmann, D., Silvano, D. L., Nomura, F., Pinto, H. B. A., Amaral, I. B., Gasparini, J. L. R., Nascimento, L. B., Martins, M. R. C., Napoli, M. F., Gordo, M., Hoogmoed, M. S., Kienle, M. S., Maciel, N. M., Valdujo, P. H., Garcia, P. C. A., Sawaya, R. J., Lingnau, R., Bastos, R. P. e Caramaschi, U.. 2016. Avaliação do Risco de Extinção de Cycloramphus catarinensis Heyer, 1983. Processo de avaliação do risco de extinção da fauna brasileira. ICMBio.http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/fauna-brasileira/estado-de-conservacao/7592-anfibios-cycloramphus-catarinensis.html |
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Foto: |
Elaboração: NGeo - RAN/ICMBio |
Ordem: Anura Família: Cycloramphidae Nomes comuns: Rã-da-cachoeira, Santa Catarina Button Frog (Frost 2011). Sinonímias: Não há. Notas taxonômicas: Não há. Justificativa: Cycloramphus catarinensis é endêmica do Brasil, do bioma Mata Atlântica na região sul do país, com registro apenas para a localidade-tipo, Quecaba, em Águas Mornas e no município de Florianópolis (Ilha de Santa Catarina), cidades do estado de Santa Catarina. Trata-se de espécie rara. A região onde ocorre vem sofrendo conversão de áreas naturais em plantio de banana e Pinus, e em áreas urbanizadas. Algumas espécies do gênero sofre declínio populacional com causas desconhecidas. Os dados sobre a história de vida da espécie, incluindo hábitat utilizado e reprodução, são insuficientes para uma avaliação adequada quanto à distribuição, status populacional e ameaças. Portanto, Cycloramphus catarinensis foi categorizada como Dados insuficientes (DD). Histórico das avaliações nacionais anteriores, mais recentes: Na Lista da fauna brasileira ameaçada de extinção a espécie foi avaliada como Dados insuficientes (DD) (Machado 2005). Internacional: A espécie foi categorizada como Dados insuficientes (DD) pela União Internacional para Conservação da Natureza (UICN) (Heyer & Silvano 2004). Listas estaduais: Não há. |
Cycloramphus catarinensis é endemica do Brasil, da região sul do país, conhecida por muito tempo somente da localidade-tipo, Queçaba, Águas Mornas, estado de Santa Catarina (SC), entre 300-500m acima do nível do mar (Heyer & Silvano 2004), próximo ao Parque Estadual da Serra do Tabuleiro (Base de dados do NGeo/RAN, Vívian Mara Uhlig, comunicação pessoal, 2014). Em 2004, Lingnau et al. (2008) ampliaram a distribuição da espécie para a Ilha de Santa Catarina (município de Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina), todavia, ressaltam a necessidade de mais estudo com a necessidade de amostragem de mais exemplares. Entretanto, nesta avaliação os pesquisadores consideraram o registro para Florianópolis. |
A espécie é considerada rara, uma vez que os últimos exemplares foram coletados somente na localidade-tipo no final da década de 70 (Paulo Garcia, comunicação pessoal, 2011) e somente em 2004 houve novo registro, com somente dois espécimes Lingnau et al. (2008). A tendência populacional é desconhecida por não existir estudos suficientes para evidenciar uma variação na população. |
Cycloramphus catarinensis ocorre no bioma Mata Atlântica entre 300-500m acima do nível do mar, associada a riachos florestados da encosta atlântica do centro-oeste de Santa Catarina (Rodrigo Lingnau, Paulo Garcia, comunicação pessoal, 2011). Não existem informações a respeito do hábitat e ecologia desta espécie. |
Redução de hábitat decorrente de culturas de banana e Pinus spp. e ocupação urbana na região de São Bento do Sul, estado de Santa Catarina são as principais ameaças que podem afetar a espécie (Rodrigo Lingnau, Paulo Garcia, comunicação pessoal, 2011). Algumas espécies do gênero vêm sofrendo declínio populacional sendo que a causa é desconhecida (Heyer & Silvano 2004). |
A espécie ocorre na área de abrangência do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Anfíbios e Répteis Ameaçados da Região Sul do Brasil (Brasil 2012). |
Parque Municipal do Maciço da Costeira. |
Estudos urgentes sobre história de vida e distribuição são necessários para melhor compreeender o estado de conservação da espécie, tendo em vista da falta de registros recentes para a localidade-tipo e que outras espécies de Cycloramphus declinaram por razões inexplicáveis (Verdade & Heyer 2004). |
Brasil, 2012. Portaria nº 25, de 17 de fevereiro de 2012. Diário Oficial da União. Edição nº 36, Seção 1, 22 de fevereiro de 2012. Frost, D.R. 2011. Amphibian Species of the World: an Online Reference. Electronic Database. <http://research.amnh.org/herpetology/amphibia/index.html>. American Museum of Natural History, New York, USA. Heyer, R. & Silvano, D. 2004. Cycloramphus catarinensis. In: IUCN 2010. IUCN Red List of Threatened Species 2004. <http://www.iucnredlist.org/details/56363/0>. (Acesso em: 13/05/2011). Lingnau, L.; Solé, M.; Dallacorte, F. & Kwet, A. 2008. Description of the advertisement call of Cycloramphus bolitoglossus (Werner, 1897), with comments on other species in the genus from Santa Catarina, south Brazil (Amphibia, Cycloramphidae). North-Western Journal of Zoology, 4(2): 224-235. Machado, A.B.M. 2005. Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção: Fundação Biodiversitas. Verdade, V. & Heyer, R. 2004. Cycloramphus carvalhoi. In: IUCN 2010. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2012.1. <www.iucnredlist.org>. (Acesso em: 13/05/2011). |
II Oficina de Avaliação do Estado de Conservação dos Anfíbios no Brasil Local e Data de realização: Goiânia-GO, de 6 a 10 de junho de 2011 Facilitador(es): Márcio Roberto Costa Martins (USP) e Yeda Soares de Lucena Bataus (RAN/ICMBio) Avaliadores: Carlos Alberto Gonçalves da Cruz (MN/UFRJ), Carlos Eduardo Conte (UFPR), Caroline Zank (UFRGS), Célio Fernando Baptista Haddad (UNESP), Christine Strüsmann (UFMT), Clarissa Coimbra Canedo (UFRJ), Daniel Loebmann (FURG), Débora Leite Silvano (UCB), Fausto Nomura (UFG), Hugo Bonfim de Arruda Pinto (RAN/ICMBIO), Ivan Borel Amaral (RAN/ICMBIO), João Luiz Rosetti Gasparini (UFES), Luciana Barreto Nascimento (PUCMinas), Marcelo Gordo (UFAM), Marcelo Felgueiras Napoli (UFBA), Márcio Roberto Costa Martins (USP), Marinus Steven Hoogmoed (MPEG), Mirco Solé Kienle (UESC), Natan Medeiros Maciel (UFG), Paula Hanna Valdujo (USP), Paulo Christiano de Anchieta Garcia (UFMG), Ricardo Jannini Sawaya (UNIFESP), Rodrigo Lingnau (UTFPR), Rogério Pereira Bastos (UFG), Ulisses Caramaschi (MN/UFRJ). Colaborador(es): Apoio: Cíntia Maria Silva Coimbra (RAN/ICMBio), Sônia Helena Santesso Teixeira de Mendonça (RAN/ICMBio), Yeda Soares de Lucena Bataus (RAN/ICMBio), Ilka Barroso D’Avila Ferreira (estagiária-CIEE/RAN/ICMBio), Iberê Farina Machado (consultor-PNUD/RAN/ICMBio)Vivian Mara Uhlig (RAN/ICMBio), Flávia Regina Queiroz Batista (RAN/ICMBio) e Cleiton José Costa Santos (estagiário-CIEE/RAN/ICMBio) |
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