APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS DO MANEJO FLORESTAL GARANTE RENDA PARA COMUNIDADE E PROTEÇÃO PARA A FLORESTA NACIONAL

semfotoUnidade: Floresta Nacional do Tapajós 

Autores:Fábio Menezes de Carvalho e Dárlison Fernandes Carvalho de Andrade (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade); Renato Bezerra da Silva Ribeiro e Jeremias
Dantas (Cooperativa Mista da Floresta Nacional do Tapajós).

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Bioma: Amazônia

 

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Objetivo
Em 2013, a comunidade Pedreira, da Floresta Nacional do Tapajós,no Pará, comemorou a reativação de sua movelaria comunitária e a retomada da fabricação de produtos de madeira utilizando uma nova técnica, a do aproveitamento de galhos. Antes de serem aproveitadas para essa finalidade as "galhadas", como são chamados os resíduos da colheita florestal, eram materiais descartados na floresta. O novo uso para o resíduo do manejo florestal veio como solução para o desafio de desenvolver junto com as comunidades tradicionais,alternativas sustentáveis para melhorar a renda familiar com atividades de mais baixo impacto ambiental, evitando assim o uso de práticas que trazem prejuízos ambientais, como o garimpo e a criação de gado.
Desenvolvimento

Para aumentar os ganhos financeiros dos comunitários e dar mais eficiência ao uso dos recursos madeireiros, a gestão da Floresta Nacional do Tapajós articulou uma rede de atores locais que contribuiu para organizar e viabilizar a atividade moveleira local.Além do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade,participaram do trabalho a Cooperativa Mista da Floresta Nacional do Tapajós, o Serviço Florestal Brasileiro, a Universidade Federal do Oeste do Pará e o Projeto BR-163. As instituições conseguiram recursos para a compra de materiais e equipamentos, e ainda promoveram capacitação em organização social e apoio técnico aos comunitários para que pudessem diversificar a cadeia produtiva. Além disso, atividades prévias como a equação de volume específico para galhos, o licenciamento ambiental da atividade, e um estudo sobre aviabilidade econômica da produção foram as bases para que a implementação da prática de aproveitamento do material fosse feita com mais segurança.

A produção de móveis já era uma atividade comum nas comunidades,inclusive de Pedreira, onde a movelaria foi primeiramente retomada.Ali, onde se produzia somente objetos de marchetaria, o espaço já emprega 40 famílias com a nova prática e também serve como escola para novos moveleiros. Ainda em 2013, a CoomFlona, responsável pela produção, recebeu certificação do FSC (Forest Stewardship Council) e inaugurou uma Ecoloja em Santarém, Pará, para a venda desses produtos sustentáveis originados da Floresta Nacional do Tapajós. De acordo com a gestão da Unidade de Conservação, já em 2014, esta atividade pode faturar até 2 milhões de reais. O potencial de crescimento pode empregar mais 80 famílias e ultrapassar a casa de 5 milhões de reais, por ano.


Resultados

Os resultados, entretanto vão além da geração de renda. Segundo relatado pelos gestores da Unidade de Conservação, já é possível constatar, a partir da nova atividade, uma melhoria nos índices de Proteção da Floresta Nacional do Tapajós, com relação principalmente aos focos de calor e ao número de ocorrências de desmatamento.O objetivo é que um trabalho similar seja implementado em outras comunidades, potencializando ainda mais os ganhos na melhoria devida da população e na proteção da Unidade.

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