INICIATIVA MOBILIZA INSTITUIÇÕES E SOCIEDADE SOBRE ENCALHE DE MAMÍFEROS MARINHOS

semfotoUnidade: Area de Proteção Ambiental  Baleia Franca

Autores: Luciana Magnabosco de Paula Moreira, Maria Elizabeth Carvalho da Rocha e Patrícia Pereira Serafini (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)

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Bioma: Marinho Costeiro

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Objetivo
No intuito de regular os procedimentos necessários e padronizar os métodos usados os gestores da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, em Santa Catarina, criaram um protocolo de ações em caso de encalhes de mamíferos marinhos na Unidade de Conservação.A situação de encalhe envolve risco de morte para os animaismarinhos e pessoas próximas a eles. Assim, é necessário um grandenúmero de pessoas habilitadas para agir, de forma coordenada, parasolucionar o problema. A ideia de criar um protocolo teve como objetivosenvolver a sociedade para que entendam o papel de cada um
na prestação de assistência aos animais encalhados e criar diretrizesentre as instituições envolvidas na proteção da biodiversidade localafim de trabalharem de forma coesa e que sigam métodos que tragam o menor risco, otimizando o processo.
Desenvolvimento

A elaboração do protocolo começou em 2007 e foi realizado de forma participativa envolvendo as comunidades situadas ao longo das áreas costeiras, instituições científicas e de pesquisa, e outros atores que podem participar ou notificar eventos de encalhe para as autoridades.

Um aspecto que merece destaque nessa iniciativa foi o envolvimento das entidades que atuam no Conselho da Unidade, reforçando aspectos técnicos com parcerias institucionais. Nos dois anos seguintes, o Instituto Chico Mendes realizou doze oficinas com informações técnicas, estudo dirigido, evento de simulação e avaliação. O protocolo para a Unidade foi desenvolvido tendo como referência as diretrizes da Rede de Encalhe e Informação de Mamíferos Aquáticos do Brasil e outros protocolos internacionais.Com o protocolo, é possível não só organizar a assistência aos animais vivos encalhados, mas promover o monitoramento dos animais liberados, colaborar para evitar os riscos à saúde pública devido à exposição a esses eventos, promover pesquisas relacionadas ao problema, orientar quanto à destinação adequada das carcaças quando não se consegue salvar o animal e estabelecer um plano de comunicação antes, durante e depois do encalhe. O esforço para a criação desse protocolo, de acordo com os gestores,foi crucial para garantir respostas rápidas e ações efetivas durante eventos de encalhes, resultando na educação pública em
relação a esses eventos, contribuindo também para assegurar a realização de estudos científicos através dos dados coletados na Área de Proteção Ambiental.

E se você ficou curioso com relação ao título deste texto, aí vão algumas informações importantes. Ao se deparar com uma baleia encalhada na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, o primeiro passo é avisar as instituições responsáveis sobre o ocorrido, disponibilizando o maior número de informações, inclusive com fotos,que serão encaminhadas aos profissionais que vão atuar no caso. Outro ponto importante é tentar manter as pessoas a uma distância segura, devido ao perigo de acidentes: os animais encalhados estão em situação de debilidade física, que podem se tornar ariscos com a aproximação de pessoas e causar ferimentos. Animais domésticos,como cães e gatos, também precisam ficar longe do local. Ainda, se o animal estiver vivo, não tente devolvê-lo para a água e evite respirar
o ar expirado por ele.


Resultados

Atualmente, a Unidade de Conservação coordena o Protocolo de Encalhes junto com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos, Associação R3 Animal, Projeto Baleia Franca/Museu da Baleia, FUCRI/UNESC/Museu de Zoologia "Profª MorganaCirimbelli Gaidzinski", Marinha do Brasil, Policia Militar Ambiental e Corpo de Bombeiros de Imbituba. Devido ao seu envolvimento em eventos de encalhes, a Área de Proteção Ambiental tornou-se também membro da Rede de Encalhes do Sul do Brasil - REMASUL,coordenada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

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