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(Itajaí - 15/10/2020) O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul (ICMBio/CEPSUL) reuniu, no final de setembro, 21 especialistas de diversas instituições de ensino e pesquisa, setor pesqueiro e governamental, em uma oficina on-line para avaliar o risco de extinção de 137 espécies de peixes ósseos (Actinopterygii). Esta foi a décima oficina deste grupo neste segundo ciclo de Avaliação, sendo avaliadas, na sua maioria, espécies do ambiente marinho.
O CEPSUL, em março, já havia feito parcialmente uma oficina de avaliação virtual. Foi quando houve a suspensão da participação de servidores em eventos, em função da COVID-19, durante a semana da oficina. Assim, uma parte das avaliações foi feita presencialmente, sendo terminada a oficina por meio de plataformas on-line. Desta vez, ainda por consequência da pandemia, houve esta alternativa de uma oficina totalmente on-line, com um número maior de pesquisadores, mas sendo avaliadas espécies que foram categorizadas no primeiro ciclo (2008 a 2014) como Menos Preocupante (LC), ou seja, com menor complexidade na avaliação.
A oficina foi pensada para acontecer todas as tardes da semana de 28 de setembro a 02 de outubro. A primeira parte da oficina contou com uma breve apresentação dos participantes e nivelamento da metodologia de avaliação utilizada pelo ICMBio. Durante a semana, os participantes, que já haviam recebido as fichas das espécies por meio de um formulário eletrônico algumas semanas antes da oficina, também puderam acessar e contribuir mais uma vez com informações e com a avaliação por meio do mural interativo (Padlet). Assim, as espécies selecionadas pelos participantes, após as consultas descritas anteriormente, tiveram discussão em plenária no modo "Avaliação" do sistema SALVE, e ao final 133 permaneceram categorizadas como Menos Preocupante (LC) e quatro foram transferidas para uma próxima oficina, presencial.
O professor do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (NUPEM) da UFRJ e Coordenador de Táxon de Actinopterygii marinhos, Dr. Fábio Di Dario, salientou que "apesar de ainda estarmos vivendo uma pandemia assustadora, que nos obrigou a realizar essa oficina de forma remota, a boa vontade e o companheirismo de todos prevaleceu sobre as adversidades. Assim, a meu ver, conseguimos ter uma semana bastante prazerosa, com muitos debates interessantes voltados para o melhor em termos de conservação dos nossos peixes marinhos".
Segundo a Analista Ambiental do CEPSUL, Roberta Aguiar dos Santos, que é ponto focal no processo de avaliação de peixes ósseos, "foi um desafio fazer uma oficina virtual com tantas espécies, contando com a colaboração de mais de 20 pesquisadores. Procurou-se utilizar os meios mais adequados para trazer a maior eficiência e participação ao processo, para além do sistema SALVE, como o uso de murais virtuais e formulários on-line. Entretanto, o sucesso da oficina, com certeza, foi decorrente do cuidado da equipe do CEPSUL nesta organização e do apoio do CBC, que coordena o processo de Avaliação do ICMBio e, sobretudo, na colaboração voluntariosa e acolhedora dos participantes".
Vale ressaltar a importância do Sistema SALVE, plataforma utilizada no processo de Avaliação do ICMBio, para o bom funcionamento da Oficina on-line e, sem dúvida, o comprometimento e dedicação dos participantes na avaliação de todas as espécies propostas, mesmo em uma situação excepcional, sem as interações e potencialidades que uma oficina presencial proporciona.
Texto: Paula Guimarães Salge